quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Pra quem não conhece...: KADU LAGO!


Você ainda não me conhece? Não se sinta culpado (a) você não é a única pessoa. Bom, sou o Kadu Lago, brasileiro do litoral norte do País. Nasci no meio da década de 70, em alguma cidade deste Br
asil largo, durante uma viagem que uma menina (minha mãe) fazia. Nasci em transito, numa época em que os artistas brasileiros lutavam contra uma merda de ditadura.

Ah, a menina hoje é uma mulher guerreira de quarenta e poucos anos. E algumas rugas no rosto...

Comecei a escrever ainda criança: meus desafetos de alma, meus sonhos, meus medos, meus primeiros tesões que sempre acabavam fechados dentro da mão... Depois, alguém na minha casa pegou minha mochila de escritos e tocou fogo, queimando alguns cupins que devoravam os pensamentos ejaculados da minha puberdade. Parei de escrever e só voltei aos 20 anos.

Passei a maior parte da minha vida na Ilha de São Luís, depois fui morar em Belém e há dez anos vivo em São Paulo.

Entre as coisas que já fiz e que mais gostei: beijei na boca, atuei em peça de teatro, fui barman, fui boêmio (vagabundo), escrevi Confissões ao Mar, Dolores, e agora voltei a ser boêmio... e estou escrevendo um novo romance.

Em São Paulo, no ano de 2000, lancei o romance Confissões ao Mar, em 2001 fiquei em cartaz com o espetáculo Luamim no teatro Sérgio Cardoso e em 2005 lancei Dolores – Aluga-se um quarto num apartamento de família.

Ingressei na faculdade de Letras, mas saí no 3º semestre, estava se tornando uma merda, e eu não tinha dinheiro para pagar as mensalidades.

Fui cronista e escrevi artigos para jornais, dentre eles: O Estado do Maranhão.

Escrevi uma coluna semanal no jornal O Imparcial.



"Confissões ao Mar é um livro invulgar, que dá enfoque a um tema polêmico e sensível, a homossexualidade, mas faz isso com muita dignidade e respeito ao ser humano, contando uma história de maneira original e comovente.

Aqui, fala-se de companheirismo, lealdade, paixão, compreensão, e excluem-se barreiras entre duas pessoas que se amam.

Matheus, um jovem fazendeiro, vê-se envolvido com Alejandro, um estrangeiro que ganha a vida como modelo na cidade de Belém do Pará, de onde sai para trabalhar no Rio de Janeiro. Depois de muitas resistências, Matheus entrega-se aos seus sentimentos, libertando-se do medo e da indecisão, mas não consegue se livrar do complexo de culpa nem dos conflitos íntimos gerados por tabus sociais e religiosos. E, ao lado de Alejandro, tenta viver a paixão que não aceita, mas da qual não pode fugir.

Verdade é que se trata de uma obra ousada, em que o enfoque surpreende pelo naturalismo com que o autor manuseia o elemento verossímil, onde não se distingue a sutil fronteira entre a ficção e a realidade."

por Ronaldo Alves Mousinho


Dolores – Aluga-se um quarto num apartamento de família nasce da ânsia de um autor, que busca e encontra nos lugares mais comuns de uma grande metrópole, vidas díspares inseridas na paisagem da cidade. Vidas essas, que consomem seus dias e passam tão despercebidas, que são como se não existissem. Assim dá-se ao parto de Dolores, Léo e Letícia, dentro de um apartamento que poderia ser de qualquer um de nós. E mesmo achando que estamos distantes dele, é impossível não enxergar a semelhança com os apartamentos em que guardamos nossas vidas, nossos medos, nossos sonhos passados, nossas desilusões presentes e o futuro amarrado a um fio de esperança.

Inquietudes como estas foram o que levou, em primeiro tempo, o autor a vasculhar classificados de jornais em busca de apartamentos. E num segundo, já em contato com os apartamentos, a acirrar a procura pela história que se encaixaria nas suas perturbações.

A partir de um acordo de aluguel de um quarto num apartamento de uma senhora, o qual viria dividir com uma moça, o autor passa a ver a história, que estava em busca, se desenrolar entre as paredes de onde seria, por 8 meses, a sua casa, mais não um lar. E foi no meio de um convívio difícil de três pessoas de culturas diferentes, idades muito distantes e visão de mundo tão distintas, que o autor descobre que os medos, os anseios, os sonhos e as desilusões se misturam e se consomem e acabam por consumir a casa onde moram.

As situações aqui expostas arrastam um realismo tão cheio de poesia, humor e loucura, que acaba por fazer com que o fio que divide a ficção da realidade, seja uma coisa muito pequena.

Um comentário:

  1. É impossível ver um espaço tão imensamente bem praparado para o KADU e não deixar sequer nem um comentário. Primeiro, parabéns, pois falar do KADU, seja da pessoa ou do escritor, não é nada fácil. Logo, é um escritor amado por muitos e que merece, sem sombra de dúvidas, um reconhecimento à altura de seu talento. E que talento!! O KADU é um escritor como poucos, que conquista muito mais com a alma que possui, um tesouro, para quem o tem. E mostrar tal dedicação com a grandeza da qual foi preparado, como que uma homenagem, certamente já tem o reconhecimento do blog.
    Segundo, parabéns, mais uma vez. Agora pelo blog, que é de extremo bom gosto, bem desenvolvido e atualizado. Continuando assim, logo logo se tornará um secesso, se já não é. Abraços...
    GLED - DONO DA COMUNIDADE KADU LAGO.

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